Ação Coletiva Mulheres no Controle: Conaci e Banco Mundial lançam projeto para desenvolver um estudo de boas práticas relacionadas à equidade e ESG

Apesar dos avanços recentes, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos com relação à equidade de gênero, com disparidades de representação em cargos de liderança e salariais, discriminação, assédio, divisão desequilibrada do trabalho de cuidado e insuficiência de políticas institucionais e públicas. Esta é uma pauta urgente que demanda ações voltadas para a promoção da equidade no país. Pensando nisso, o Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) e o Banco Mundial vão lançar um estudo de boas práticas relacionadas à pauta.

O Projeto é uma ação voltada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, com ênfase no ODS 5 da Agenda 2030 e ESG (Environmental, Social and Governance). Uma das etapas do projeto é a autoavaliação das controladorias, mediante a cooperação técnica Conaci e Rede Equidade, a partir do Modelo de Inclusão da Diversidade e Equidade (IDE), desenvolvido pela Rede Equidade formada por onze instituições públicas federais, incluindo o Conaci. Para o desenvolvimento do projeto foi estabelecido um Grupo de Trabalho e será feita uma chamada nacional para identificação de boas práticas nas demais controladorias do país.

O estudo será desenvolvido no âmbito do Grupo de Trabalho e pela Comitiva Conaci e Banco Mundial durante a visita técnica na África do Sul. A coordenadora do projeto e vice-presidente do Conaci, Érika Lacet, ponderou sobre a importância do trabalho. “Coordenar esse projeto, necessário e indispensável, é uma grata satisfação para poder contribuir no fortalecimento da pauta no cenário nacional. O Conaci tem capilaridade suficiente para tornar o controle interno brasileiro consciente e atuante em relação à equidade de gênero”.

“A equidade de gênero é um problema estrutural e, para avançarmos na agenda, é fundamental a identificação de boas práticas existentes, bem como a ampliação do debate técnico com base em evidências na construção de políticas institucionais e públicas que prevejam ações continuadas. O controle interno desempenha um papel fundamental na gestão pública brasileira e na formulação das políticas. Certamente o projeto será um grande contributo”, ressaltou a advogada e consultora do Banco Mundial, Ana Marinho.

“Fomentar a equidade de gênero é uma demanda necessária em nossa sociedade e está alinhada às discussões globais sobre ESG, em seu objetivo 5 para o desenvolvimento sustentável, na Agenda 2030. Sendo o Conaci um órgão atuante na missão de trazer boas práticas, com um assunto necessário e inadiável, não seria diferente. O apoio do Banco Mundial nesse processo é primordial para que essa entrega seja efetiva”, ponderou Edmar Camata, presidente do Conaci.

De acordo com Joseph Kizito, Gerente de Prática Global de Governança para América Latina do Banco Mundial, as questões de gênero, quando observadas pelos países, influenciam diretamente as políticas e os programas governamentais. “Considerar as disparidades de gênero, contribui para o empoderamento econômico das mulheres e o fortalecimento da economia como um todo. O papel do controle interno é essencial para garantir a conformidade das políticas de igualdade de gênero e combater o viés a e discriminação.”

Conheça outras ações do Conaci voltadas para a pauta

Site Mulheres no Controle: https://mulheresnocontrole.conaci.org.br/

Livro Mulheres no Controle: https://conaci.org.br/noticias/conaci-lanca-livro-feito- apenas-por-mulheres/

Entrevista com Ana Marinho: https://youtu.be/xfHExyly60c?si=J0IqbFMEr0C27QXG

AMARAL, S.; MATHEUS, W. Diagnóstico Nacional de Controle Interno. Disponível em: <https://conaci.org.br/wp-content/uploads/2023/06/Digital-Diagnostico-Nacional- do-Controle-Interno.pdf>

AMARAL, S.; MATHEUS, W. Avaliação Nacional do Controle Interno baseado no COSO I e IA-CM World Bank Group. Disponível em: <https://conaci.org.br/wp- content/uploads/2021/09/20200711_IC-WB_Final_Reportpt.pdf>.