São Paulo: Mediação é tema de evento promovido pela Ouvidoria Geral do Estado

Em abril passado, um lance incomum aconteceu em um clássico entre São Paulo e Corinthians: após o juiz ter dado um cartão amarelo ao alvinegro Jô por causa de um pisão no goleiro Renan Ribeiro, ele foi avisado pelo tricolor Rodrigo Caio, verdadeiro autor do choque involuntário, de que a punição tinha sido injusta.

O juiz então voltou atrás na aplicação do cartão, que seria o terceiro amarelo de Jô e tiraria o atacante no jogo de volta das semifinais do Campeonato Paulista. O “fair play” de Rodrigo Caio causou polêmica e serviu para a discussão do tema Ética no evento “Mediação: transformando conflitos em oportunidades de relacionamento”, promovido pela Ouvidoria Geral do Estado de São Paulo no auditório do Arquivo Público do Estado na última terça-feira, 15 de agosto.

A palestrante, Maria Lumena Balaben Sampaio, que foi ouvidora geral do município de São Paulo e é instrutora da EMASP – Escola Municipal do Servidor Público – utilizou o exemplo para mostrar como ainda há discordância em relação ao comportamento ético, mas também para mostrar como ele é o alicerce do trabalho da ouvidoria. “A Ética é nosso esteio para dissolver dilemas”, afirmou.

Cerca de 80 pessoas estiveram presentes à palestra, voltada principalmente a ouvidores da Rede Paulista de Ouvidorias, mas também aberta ao público em geral. A abertura do evento foi feita pelo ouvidor geral do Estado de São Paulo, Gustavo Ungaro.

A segunda palestrante do dia foi Adriana Eugênia Alvim, ouvidora da Unicamp entre 2000 e 2017, atualmente coordenadora da Área de Ouvidoria da Federação Brasileira das Empresas de Consultoria e Treinamento (FEBRAEC) e responsável pelo projeto de implantação da Câmara de Mediação e Ações Colaborativas da Unicamp. Mediadora capacitada pelo DRC – The Dispute and Resolution Center at Livingstone and Washtenaw de Michigan (EUA), ela se utilizou de divertidas dinâmicas de grupo para mostrar a importância das técnicas de mediação. “Administrar o conflito não significa apenas eliminá-lo, mas tratá-lo de maneira assertiva, com um olhar solidário e respeitoso às limitações do outro. Nosso papel, como mediadores, é retomar o diálogo”, afirmou.

Ao final das palestras, quando foi aberto espaço para perguntas, Maria Inês Fornazaro, ouvidora geral substituta do Estado de São Paulo e anfitriã do evento, ponderou que em tempos de crise, como o que vivemos agora, “ouvir fica mais difícil”. Qual seria então o conselho das palestrantes? Para Adriana Alvim, “temos que ver a crise com um olhar construtivo, de esperança”. Já Maria Lumena destacou o valor da mediação: “Nesse momento é que a mediação será mais valiosa. A ouvidoria tem que ser resiliente e não perder o foco: naquilo que lhe compete, a ouvidoria tem que resolver”.

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