Reestruturação da Auditoria-Geral possibilita maior resolutividade dos trabalhos da CGE-MS

Para a Controladoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul (CGE-MS) 2022 foi um ano positivo, em especial, no que diz respeito aos trabalhos realizados pela equipe da Auditoria-Geral.

Com a chegada somente para o setor, de 20 dos 27 novos auditores aprovados em concurso público, a equipe ultrapassou as metas estabelecidas em 110%. “Para tal feito, foi efetuada uma reestruturação da Auditoria-Geral com a finalidade de segmentar os serviços a serem executados de forma mais resolutiva”, conta o auditor do Estado e Auditor-Geral, Roney Abadio Candido Dias.

Com a criação e divisão de cinco frentes do setor – Obras Públicas (UAOP); Contas de Governo e Gestão (UAGOV); Convênios, Repasses e Parcerias (UACON); Governança e Pessoal (UAGOPE); Supervisão, desenvolvimento e Controle (SUDEC) – a equipe realizou a entrega dos seguintes trabalhos:

  • 67 prestação de contas: onde foram auditados os procedimentos contábeis e patrimoniais dos órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual;
  • 22 apurações: que são auditorias especiais solicitadas em virtude de denúncias, como por exemplo, do Ministério Público ou pelos gestores das pastas;
  • 2 consultorias: atividades de aconselhamento e serviços relacionados/ prestados ao cliente. No caso, foram de treinamento e orientação;
  • 12 auditorias de conformidade: ao fazer a avaliação verifica-se se está em compatível com as leis e regulamentos do objeto analisado;
  • 3 monitoramentos: quando se é constatada uma divergência gera-se um plano de providência com recomendações que precisam ser monitoradas;
  • 2 auditoria em programa de governo: avaliação mais detalhada se as ações propostas estão de acordo com a eficiência, eficácia, efetividade, entre outros pontos propostos. Neste cenário, foram analisados o Mais Social – que consiste em um auxílio financeiro destinado a mais de 87 mil famílias de baixa renda no valor de R$ 300,00/mês e o Bolsa Atleta/Bolsa Técnico – que institui diversas bolsas tanto para atletas quanto para seus técnicos – tendo variação de R$ 500,00 a R$ 1,5 mil mensais.

Uma das novidades da equipe, neste ano, foi a implantação do projeto piloto de consultoria efetuado na Secretaria Estado de Cidadania e Cultura (Secic) com a finalidade de melhorar a eficiência e eficácia dos trabalhos prestados pelos gestores e fiscais de contratos daquele órgão. Para o próximo ano, o intuito é atender outras instituições estaduais.

Os auditores do Estado também se aprimoraram com as capacitações subsidiadas pela instituição e/ou oferecidas em parceria por outros órgãos de controle. “O aprimoramento da equipe faz com que os serviços públicos oferecidos aos cidadãos sul-mato-grossenses, como saúde, educação e segurança, tenham ainda mais transparência e eficiência”, avalia Roney .

Auditores do Estado em uma das capacitações concluídas em 2022.

Durante o ano, também foi atualizado o Manual de Auditoria Interna Governamental da CGE-MS que trouxe melhorias no procedimento de realização das auditorias, a exemplo de mudança no modelo de relatório para tornar mais claro e acessível a leitura e, consequentemente, mais relevantes e consistentes para os encaminhamentos necessários.

O Auditor-Geral destaca que as produções de 2022 foram relevantes. “Ao concluir o ano conseguimos ampliar as expectativas e metas estabelecidas graças à chegada dos novos colegas de trabalho aprovados em concurso público que contribuíram para uma entrega maior e com uma melhor qualidade na execução e construção dos relatórios realizados pelo setor, a conquista da reestruturação por meio da alteração do nosso regimento interno dando foco em temas mais relevantes dentro da estrutura organizacional do estado como, por exemplo, as unidades de Obras Públicas e a de Convênios, então, não tinha como o resultado ser diferente”, pontua.

Entre os desafios para 2023, Roney Dias destaca: “Além da continuidade que daremos aos serviços já realizados, nós pretendemos ampliar a execução das auditorias, apurações e consultorias, e continuar a implementação do nível 2 do Modelo de Capacidade de Auditoria Interna [IA-CM] para o setor público, inclusive, já criamos um Comitê Gestor para a auxiliar neste objetivo. No Brasil, até o momento, somente a CGU e as controladorias dos estados de Goiás e Minas Gerais alcançaram este nível”, afirma acrescentando que para atingir este objetivo “a CGE-MS, e, principalmente, a Auditoria Geral do Estado precisará avançar na maturidade de sua auditoria, agora a ser realizada baseada em riscos, alinhando os procedimentos com as melhores práticas internacionais. Com ela, tanto os gestores do Mato Grosso do Sul quanto seus cidadãos poderão contar com uma melhor agregação de valor nos serviços realizados pelo setor.

Fonte:

Karla Tatiane, CGE-MS