Mulheres no Controle: Desafios e Estratégias na Busca pela Equidade Profissional

A Controladoria e Ouvidoria Geral do Município de Fortaleza (CGM) disponibiliza os resultados da pesquisa “Mulheres no Controle – Desafios, Reflexões e Percepções pelo Olhar das Profissionais”, a partir desta quinta-feira (21/12), no Portal da Transparência. Em parceria com o Conaci, a iniciativa coletou informações de 297 mulheres atuantes na área de Controle Interno e Compliance, abrangendo 25 Estados brasileiros e o Distrito Federal.

A pesquisa, conduzida por meio da ferramenta Google Forms e utilizando a metodologia survey, coletou dados no período de 8 de março a 8 de maio. As perguntas foram divididas em duas abordagens distintas. A primeira parte, focada no perfil pessoal, objetivou coletar dados demográficos e socioeconômicos das participantes, abordando temas como local de residência, renda média familiar, escolaridade, estado civil, presença de filhos, raça/etnia e ocupação atual, ou histórico profissional no caso de desempregadas. O segundo bloco, voltado para a trajetória profissional, buscou captar experiências, desafios e perspectivas, abordando temas como dificuldades enfrentadas, oportunidades, experiências emocionais, liderança, qualificação, planejamento de carreira, apoio, esforço percebido e ações para melhorar a saúde mental.

Débora Severino, secretária-executiva do Conaci, destacou os principais desafios enfrentados pelas mulheres no ambiente profissional. “Os resultados da pesquisa revelam um cenário no qual as mulheres têm enfrentado diversos desafios no desenvolvimento profissional, desde a dupla jornada e maternidade até a desigualdade salarial, assédio no ambiente de trabalho, cultura pouco inclusiva e descrédito. Essas dificuldades ressaltam a importância de abordar questões de gênero e criar ambientes de trabalho mais equitativos”, enfatizou Débora.

Dos dados coletados, aproximadamente 65% das entrevistadas afirmaram que o esforço investido no trabalho entre homens e mulheres é similar. Entre as estratégias notáveis adotadas por essas mulheres, destaca-se a ênfase na capacitação e especialização, a participação em concursos públicos e o planejamento estratégico como fundamentais para alcançar metas profissionais. No entanto, cerca de 35% das entrevistadas discordam dessa perspectiva, apontando desafios como a jornada dupla e a discriminação de gênero como fatores que influenciam a percepção de um esforço desigual.

Eduardo Lobo, assessor de comunicação da CGM, ressalta observações sobre o comportamento profissional, com algumas entrevistadas apontando diferenças notáveis entre homens e mulheres no ambiente de trabalho. “Parte das entrevistadas reconhece diferenças no esforço investido no trabalho entre os gêneros; aquelas que percebem semelhança ressaltam a busca constante por qualificação como um fator unificador. A variedade de estratégias e experiências reflete a complexidade do cenário profissional feminino, destacando a necessidade de abordagens diversificadas para enfrentar os desafios no ambiente de trabalho”, pontuou Eduardo.

Para a secretária chefe da CGM Fortaleza, Christina Machado, a pesquisa apresentou um perfil de multitarefas com o desenvolvimento de novas habilidades para atuar na área do controle. “As mulheres no Controle nos ensinam que o ser humano pode ser uma catalisadora de soluções e pluralidade, em um mundo que precisa aprender, cada vez mais, sobre a diversidade e a inclusão. As mulheres acabam desenvolvendo uma característica própria delas para conseguir gerir uma agenda múltipla e alcançar a excelência no enfrentamento dos desafios”, destacou Christina.

O material completo da pesquisa está disponível no Portal da Transparência do Município de Fortaleza, na seção de legislações, na área da biblioteca normativa (https://antigo-transparencia.fortaleza.ce.gov.br/index.php/legislacao/pesquisas), e também no portal do Conaci, na opção do Banco do Conhecimento (https://bancodoconhecimento.conaci.org.br/).

Fonte:

CGM Fortaleza