Mato Grosso: CGE monitora em tempo real temas sensíveis à gestão

A Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE-MT) conta com uma unidade de produção de informações estratégicas apoiada em tecnologia da informação e inteligência de negócios para monitorar em tempo real temas sensíveis à administração pública, como folha de pagamento, despesas com custeio, receita pública, incentivos fiscais, evolução patrimonial dos servidores, entre outros. O objetivo é a percepção de riscos e a definição de controles que assegurem a economicidade e a eficiência na aplicação dos recursos públicos, bem como potencializem o grau de confiança da população e dos investidores no Governo do Estado.

Trata-se do MIRA, Monitoramento Inteligente de Riscos e Auditoria, que reúne informações dos sistemas corporativos informatizados do Poder Executivo Estadual e do banco de dados de outros Poderes e esferas públicas, como da União e do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A unidade viabiliza aos auditores do Estado: cruzamento das informações (trilhas de auditoria), painéis de comportamento de situações sensíveis no exato momento em que ocorrem e expedição de boletins e recomendações técnicas automáticas aos gestores das secretarias.

“A unidade nos possibilita mais agilidade na identificação de riscos na aplicação dos recursos públicos, permitindo, assim, avaliarmos eletronicamente o comportamento do que chamamos ponto de controle, desencadeando ações de auditoria (levantamento documental, inspeções in loco…) que resultem em recomendações tempestivas de providências às secretarias e entidades”, ressalta o secretário-controlador geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves.

O coordenador de Diagnóstico e Inteligência da CGE, auditor Anderlei Barbosa, responsável pela unidade, explica que, do cruzamento dos dados, é possível otimizar a identificação de comportamento incomum e tendência crítica pela geração de alertas automáticos aos gestores e para motivar ações de controle e de auditoria preventivas da CGE junto às secretarias e entidades.

Gestão de risco emblemática foi a auditoria nos pagamentos realizados via aplicativo BB PAG (caso Conta Única), no ano de 2012, quando o projeto começou a ser desenvolvido. O trabalho abrangeu a totalidade de R$ 101 milhões em pagamentos indevidos executados via BB PAG no período de 2003 a 2011, o que, sem o uso da inteligência da informação, não é habitual em auditorias, cuja técnica tradicional se baseia na amostragem. “A ferramenta otimiza a força de trabalho e aumenta o alcance do trabalho de auditoria”, salienta o coordenador.

Evidência

Apesar de ter começado a ser desenvolvido em 2012, o MIRA ganhou evidência mesmo no ano de 2015, pois o projeto alinha-se às diretrizes de austeridade da atual gestão do Governo do Estado no monitoramento dos principais indicadores das secretarias.

Concebido inicialmente para uso restrito dos auditores do Estado, o MIRA já vem sendo utilizado pelo governador Pedro Taques e por secretários de Estado. A ideia é auxiliá-los no entendimento de cenários e na tomada de decisões estratégicas.

Dessa forma, o projeto passou a integrar o contexto de governança corporativa da atual gestão. Prova disso, é que foi, inclusive, apresentado pelo governador a grandes empresários no início deste mês, durante a HSM Expomanagement 2015, em São Paulo.

Ampliação

A iniciativa passa por constantes aprimoramentos e já tem previsão de ser ampliada. Um dos próximos passos será formatar o MIRA para linguagem de fácil compreensão e configuração mais clara para acesso do cidadão, a fim de estimular o controle social da gestão pública.

Por outro lado, será incluído no projeto do Observatório de Gestão do Poder Executivo Estadual por meio de Termo de Cooperação Técnica entre a CGE, a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) e o Centro de Processamento de Dados de Mato Grosso (Cepromat).

Para o desenvolvimento do MIRA, o coordenador de Diagnóstico e Inteligência da CGE conheceu projetos semelhantes da Controladoria Geral da União (CGU) e dos órgãos de controle interno da Bahia, de Goiás e do Distrito Federal. O projeto teve como principal ferramenta um software de código livre (licenciamento gratuito), ou seja, independente e sem custos para o Estado.

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