Mato Grosso: Auditores aprimoram técnica de identificação de responsabilidades

Auditores do Estado de Mato Grosso participaram na última segunda-feira (23/02) de apresentação conduzida pela Controladoria Geral da União (CGU) acerca da elaboração de matriz de responsabilidade sobre irregularidades apontadas em relatórios de auditoria de controle interno.

A apresentação foi solicitada pela Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE) já que a indicação de responsabilidades é uma exigência do governador Pedro Taques nas auditorias futuras e em andamento, sobretudo naquelas dos 100 primeiros dias de gestão.

“Estabelecemos essa parceria com a CGU visando ao compartilhamento de experiências e, consequentemente, ao aprimoramento da técnica de elaboração de matriz de responsabilidade nos relatórios de auditoria para geração de ambiente de controle mais efetivo”, destacou o secretário-controlador geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves.

O auditor da União (CGU), Kleberson Souza, destacou a importância da identificação, pelo próprio órgão de controle interno, do rol de responsáveis por eventuais violações de um dever jurídico, a fim de contribuir com as providências de responsabilização a serem adotadas pelos setores competentes, como a Corregedoria (consequências administrativas e administrativas disciplinares), a Procuradoria Geral do Estado (consequências civis), o Ministério Público (consequências penais, se for o caso) e a Polícia Civil (consequências penais, se for o caso).

“Na defesa do patrimônio público e no combate à corrupção, é fundamental que o próprio controle interno (CGE) reúna informações necessárias para auxiliar outras instituições que vão fazer uso do relatório e, como que fechando um ciclo, a responsabilização tempestiva por parte desses órgãos aumenta os resultados das ações desencadeadas pela própria CGE, permitindo a recuperação dos prejuízos provocados e impedindo que os agentes continuem praticando ações prejudiciais ao interesse público”, disse.

O auditor da União observou que o detalhamento das responsabilidades também pode servir de insumo para trabalhos de pós-auditoria, ou seja, para o levantamento das principais causas que tenham contribuído com as irregularidades apontadas nos relatórios. “Isso pode resultar em recomendações do controle interno para aprimoramento dos processos organizacionais na administração pública.”

Além da CGU, a CGE vai reforçar as parcerias com outros órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e do Estado (TCE), para compartilhamento de conhecimentos e experiências a fim de otimizar os trabalhos. A apresentação teve também a participação da auditora da União (CGU) Karina Jacob.

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