ESG e Controle Interno: Conaci participa de 1º Congresso Internacional ESG

O presidente do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci), Rodrigo Fontenelle, vai participar, no dia 29 de março, às 14h20, do 1º Congresso Internacional ESG (Environmental, Social and Governance). O evento é gratuito, com certificação e vai ser transmitido ao vivo no Youtube Figueira TV. Fontenelle vai apresentar o tema “A Agenda ESG na perspectiva do Controle Interno”.

O primeiro Congresso Internacional ESG vai abordar questões ambientais, sociais e de governação corporativa. Um painel de especialistas lusófonos – de Portugal, Brasil e Angola, vai debater, durante dois dias: propósitos, sustentabilidade, estratégias organizacionais e propostas para a criação de valor nas empresas. “A reputação causada pelo incumprimento dos atuais valores [ESG] põe em risco a economia das empresas de engenharia”, afirma o presidente do ISEC, Mário Velindro.

Os princípios ambientais, sociais e corporativos impostos às organizações e as suas consequências reputacionais e económicas estarão em foco no primeiro Congresso Internacional ESG (Environmental, Social and corporate Governance) organizado pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra – ISEC, que decorrerá nos dias 29 e 30 de março. “Há um comportamento de mercado onde investidores indicam que vão apostar em negócios que respeitem questões ambientais, sociais e de governação corporativa”, afirma Andre Marini, fundador da comunidade de Auditores de PLP (Países de Língua Portuguesa) que co-organiza o congresso.

“Num mundo globalizado e conectado, os consumidores cada vez mais apoiam ou boicotam as organizações com base no alinhamento dos seus propósitos com os valores dos seus públicos”, esclarece André Marini. “Esta iniciativa servirá como base da discussão sobre as possíveis vias para aproximar os interesses das organizações aos dos seus financiadores e clientes finais.”

O setor económico das empresas é, segundo Mário Velindro, um dos mais afetados pelo reconhecimento – apontado por clientes e públicos de interesse – de várias formas de ineficiência corporativa, quer de índole social como ambiental. “O ISEC tomou a iniciativa de organizar este congresso, em parceria com os Auditores de Países de Língua Portuguesa, com a intenção de encontrar e propor soluções – de prevenção e requalificação – que permitam aos profissionais de engenharia gerir com eficácia os seus negócios, cumprindo os requisitos ESG. A reputação causada pelo incumprimento dos atuais valores põe em risco a economia das empresas de engenharia”.

Os fatores ESG tornaram-se relevantes para a análise de riscos nas empresas e para a tomada de decisões por parte de investidores e credores, desde que “são responsáveis pelo impacto nas decisões de compra dos consumidores”, afirma Edson Sá Teles, secretário de Controle Interno da Presidência da República do Brasil e um dos oradores no congresso. “Os critérios ESG são o elo entre a estratégia de continuidade das organizações e a sua criação de valor. As empresas devem monitorizar os indicadores de risco de destruição daquilo que as partes interessadas desejam e ter a capacidade de adaptar as suas estratégias para aumentar valores – financeiros e reputacionais”.

Segundo Edson Sá Teles, é essencial incentivar o estabelecimento de parcerias entre o poder público e a iniciativa privada, de modo a alavancar o desenvolvimento inclusivo e sustentável das sociedades. “Os Governos, no campo público, assim como as empresas, no ambiente corporativo, precisam fortalecer os seus mecanismos de governança, com a definição de metas parametrizáveis e comparáveis que permitam a mensuração e o acompanhamento de resultados, fomentando, simultaneamente, a transparência, a ética e o controlo social”.

“Vivemos uma era na qual os consumidores declaram as suas preferências e ‘viram costas’ às marcas que não estejam alinhadas com os seus desejos e anseios”, afirma Edson Sá Teles. “Os responsáveis pelas fontes de recursos das organizações – os investidores e os credores – ainda estão a aprender a priorizar a aplicação dos seus recursos em empresas que construam essa relação de admiração de longo prazo com os seus consumidores”.

O Congresso irá proporcionar debates sobre a Agenda Internacional ESG, discutir propósitos, sustentabilidade, estratégias organizacionais e a criação de valor para as organizações, com oradores lusófonos de Portugal, do Brasil e de Angola (ver programa de oradores em anexo). “Vamos discutir as melhores práticas e aprofundar conhecimentos, na vertente das exigências do atual mundo corporativo”, conclui Mário Velindro.