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Distrito Federal: Projeto Controladoria na Escola premia dez instituições de ensino
Com o projeto Monitorando Minha Escola, o Centro Educacional 14 de Ceilândia ficou em primeiro lugar no Prêmio Escola de Atitude, promovido pela Controladoria-Geral do Distrito Federal. A instituição criou um aplicativo para monitorar a limpeza e a conservação do patrimônio, além de ajudar no entendimento da corrupção no cotidiano escolar.
De acordo com a aluna Milena Pires, de 17 anos, foram aprendizados significativos para os estudantes, que começaram a mudar alguns maus hábitos. “Furar a fila também é uma forma de corrupção”, ensina Milena ao contar que depois do projeto os estudantes pararam de passar à frente dos outros na hora do lanche.
A unidade vencedora recebeu R$ 50 mil para melhorar a estrutura. Foram R$ 140 mil distribuídos entre as 10 primeiras escolas classificadas. Os professores-orientadores do projeto das dez escolas vencedoras receberão bolsas de mestrado e especialização, oferecidas pelo Fundo Pró-Gestão, da Escola de Governo do DF.
A cerimônia de entrega dos prêmios ocorreu na manhã desta sexta-feira (8), no Museu da República. Foram premiadas as instituições que cumpriram todas as atividades previstas no 1º Prêmio Escola de Atitude e se destacaram por adotar ações que mudaram o ambiente escolar.
A iniciativa contou com a participação de 104 escolas públicas, 4 mil alunos e 290 professores. As ações ocorreram dentro das escolas no segundo semestre de 2017. Os alunos também foram estimulados a fazer auditoria nas escolas participantes para levantar informações sobre os problemas existentes, identificar suas causas e buscar soluções. O objetivo é estimular a cidadania ativa nos jovens.
Uma das autoridades convidadas para entregar as premiações foi a colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg. Ela destacou que é gratificante ver os jovens envolvidos apropriando-se do espaço da escola. “É uma rede do governo trabalhando para ampliar as oportunidades de formação de cidadania dentro das escolas”, disse.
Para o controlador-geral do DF, Henrique Ziller, que visitou 12 escolas participantes do prêmio, o que mais chamou a sua atenção foi a capacidade de os alunos entenderem o objetivo do projeto. “Essa é a melhor maneira de lutar contra a corrupção. Quando o cidadão entende que o bem público pertence a ele, ele cuida”, ressaltou Ziller.
O projeto da Controladoria-Geral do DF contou com a parceria das Secretarias de Educação e de Planejamento, Orçamento e Gestão, e o Grupo de Educação Fiscal do Distrito Federal.
Como funciona o projeto Controladoria na Escola
O Projeto Controladoria na Escola é voltado para alunos dos 8º e 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio. A partir da auditoria cívica, os alunos escolheram um problema relevante para a escola e partiram para buscar uma solução. Planejaram e executaram, com um esforço de todos, projetos que modificaram a realidade do ambiente escolar.
O projeto Controladoria na Escola recebeu na segunda-feira (4) certificado de reconhecimento do Fórum Nacional de Combate à Corrupção, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
A iniciativa está entre os 22 projetos educacionais e de conscientização, mapeados por meio da campanha #TodosJuntosContraCorrupcao, avaliados como boas práticas de fomento à integridade social e à cidadania. A iniciativa, que faz parte do projeto Controladoria na Escola, lançado em 2016, visa estimular a participação de professores e alunos em ações cidadãs e de controle social dentro do ambiente escolar.
Aplicativo para a auditoria nas escolas
As escolas participantes utilizaram o aplicativo Monitorando a Cidade como ferramenta para a auditoria cívica no ambiente escolar. A desenvolvedora da ferramenta e pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Emilie Roiser, presente no evento de hoje, mostrou para os alunos como a participação deles foi significativa.
Emilie Roiser ressaltou que esse foi o maior número de acessos ao aplicativo desde que foi criado, em 2014. O Monitorando a Cidade é utilizado por entidades da sociedade civil para resolver problemas como saneamento e mobilidade. “Nunca tivemos o nível de participação que conseguimos aqui em Brasília com o envolvimento das escolas.”
Foram mais de 7,5 mil registros enviados pelos alunos para o aplicativo.“Reclamar e documentar o problema é fácil. Os estudantes não esperaram o dinheiro do prêmio para colocar a mão na massa. Para nós, que somos uma instituição de tecnologia, é uma inspiração”, completou.
Escolas vencedoras do 1º Prêmio Escola de Atitude
1º – Centro Educacional 14 de Ceilândia
2º – Centro Educacional 310 de Santa Maria
3º – Centro de Ensino Fundamental 3 de Planaltina
4º – Centro Educacional Gesner Teixeira (Gama)
5º – Centro de Ensino Fundamental Pipiripau (Planaltina)
6º – Centro de Ensino Fundamental Miguel Arcanjo (São Sebastião)
7º – Centro Educacional São Bartolomeu (São Sebastião)
8º – Centro Educacional Taquara
9º – Centro Educacional 4 de Taguatinga
10º – Centro de Ensino Fundamental do Bosque (São Sebastião)