Conselho de Governança do DF define prioridades para 2025 em oficina estratégica
Metodologia inovadora e debate técnico orientaram a escolha de quatro eixos de atuação, incluindo governança de dados e contratações públicas

Na tarde da segunda-feira (31/3), o Conselho de Governança do Distrito Federal (Cgov) promoveu uma oficina para definir sua agenda estratégica de trabalho em 2025. O encontro, na Controladoria-Geral do DF (CGDF), reuniu secretários de Estado e representantes de órgãos do GDF, que utilizaram metodologia de design thinking a partir de ferramentas de priorização para eleger os temas mais relevantes. Governança de dados, contratações públicas, fortalecimento dos conselhos internos de governança (CIGs) e indicadores de monitoramento foram as frentes escolhidas.
O Cgov desempenha papel fundamental na modernização da gestão pública ao promover a integração entre órgãos governamentais, estabelecer prioridades estratégicas baseadas em evidências e implementar metodologias inovadoras de governança. Como instância máxima de coordenação intersetorial, o colegiado assegura que políticas públicas transversais sejam desenvolvidas de forma alinhada ao planejamento estratégico do DF, garantindo maior eficiência, transparência e resultados concretos para a população.
A definição das prioridades seguiu critérios técnicos, com a aplicação da matriz GUT – que avalia gravidade, urgência e tendência de cada tema – e da Matriz de Priorização Temática, que considerou fatores como impacto, custos, riscos e alinhamento com o planejamento estratégico do DF.
Governança de dados
“Fizemos um processo de reflexão prévia, analisando dados da Ouvidoria, relatórios do Tribunal de Contas e demandas da imprensa para tomar decisões embasadas”, resumiu a subcontroladora de Governança e Compliance da CGDF, Cecília Fonseca.
O tema mais debatido foi a governança de dados, especialmente após a lei federal nº 14.129/2021, que exige regulamentação local. A Secretaria de Educação (SEEDF) destacou a necessidade de centralização de sistemas, aos moldes do esforço da instituição em centralizar os milhares de dados estudantis de sua estrutura.
Já a Secretaria de Saúde (SES-DF) enfatizou a sensibilidade das informações médicas e a necessidade de, incluindo as contratações, prever mecanismos de regulação desses dados.
A Casa Civil e a CGDF, por sua vez, apontaram a integração de plataformas, especialmente em torno de um único quesito, como o CPF, e a segurança das contratações como prioridades.
Próximos passos
Os quatro eixos serão trabalhados ao longo do ano, começando por uma discussão sobre a regulamentação da governança de dados no DF, com participação das pastas de Economia (Seec-DF), Saúde e Educação. Paralelamente, um grupo de trabalho analisará a minuta de decreto sobre contratações públicas, e outro dará continuidade à revisão dos indicadores de desempenho.
A oficina marcou um avanço na gestão pública ao adotar metodologias estruturadas de priorização, garantindo transparência e eficiência nas decisões. As próximas reuniões do Cgov vão detalhar os planos de ação para cada tema selecionado.
A reunião, a segunda do ano e a 15ª desde a criação do CGOV, contou com a presença do secretário Executivo de Gestão Estratégica da Casa Civil do GDF, Bruno Sigmaringa Seixas e do chefe da Assessoria de Integração das Ações Governamentais Sociais da SEEC/DF, Lawrence Pinto. Participaram pela Secretaria de Saúde, o secretário, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, o secretário adjunto de governança, Ricardo Baitello, e a assessora Mariulza Soares; pela Secretaria de Educação, a secretária Hélvia Paranaguá, o assessor técnico de Governança, Integridade e Gestão de Riscos, Christiano da Silva Sasaki; pela Secretaria de Segurança Pública, o secretário executivo, Bilmar Angelis, e a assessora Kelly Soares; pela CGDF, o controlador-geral, Daniel Lima, a subcontroladora de Governança e Compliance, Cecília Fonseca, e a coordenadora de Governança, Bárbara Maciel Pimentel.
Fonte:
CGDF