CGE-SC é destaque em simpósio internacional de auditoria

Dois projetos desenvolvidos pela Controladoria-Geral do Estado em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação foram destaques no 52º WCAR, simpósio internacional de auditoria contínua realizado na última quarta-feira, 21, em Florianópolis. Ambos levam inovação tecnológica às atividades dos auditores, um relacionado ao monitoramento da folha de pagamento e outro à auditoria de licitações e contratos.

O projeto “Modelo de Auditoria Contínua da Folha de Pagamento” tem o objetivo de automatizar o monitoramento de 100% da maior despesa do Poder Executivo de Santa Catarina, cerca de R$ 16 bilhões (43% da receita). “São mais de 173 mil contracheques e 310 rubricas de pagamentos diferentes, criadas por inúmeras legislações. É impensável fazer conferência manual”, destacou o auditor do Estado Marco Barbosa Lopes.

Pesquisador da Fapesc, Marcelo Freitas atua há dois anos no projeto. Desde então, já auxiliou na criação e validação de 55 trilhas de auditoria que, atualmente, monitoram de forma contínua cerca de 45% do total da folha. Para ele, qualquer tarefa repetitiva e mecânica pode e deve ser automatizada, o que não significa que a tecnologia vai substituir o auditor. “A automatização não serve só para identificar problemas, mas também para orientar futuras auditorias”.

Compras Públicas – O segundo projeto apresentado pela CGE no 52º WCAR tem o propósito de auxiliar as atividades da Auditoria de Licitações e Contratos por meio de painéis de business intelligence, com o desenvolvimento do Painel COPAS (Controle Organizacional Prévio para Análises Sistêmicas). A ferramenta organizou as informações de 12.500 solicitações de licitações/contratos/aditivos autorizados pelo Grupo Gestor de Governo e publicadas no Diário Oficial do Estado, sendo mais de R$ 15 bilhões referente a 2021”, destacou Vander Veras, que integra a equipe responsável pelo projeto.

A coleta das informações foi feita por um robô desenvolvido internamente pela equipe de Inteligência Estratégica da CGE, batizado de CINTIA, sigla para Coleta de Informações para Tratamento Inteligente e Análise. “A CINTIA faz a coleta, mas o mais importante é a organização das informações nos painéis de inteligência, auxiliando e qualificando as atividades do auditor”, explica Roberto Fabiano Fernandes, pesquisador da Fapesc que atua no projeto.

Sobre o evento: o simpósio WCAR é uma promoção da Universidade Federal de Santa Catarina com a Rutgers University, dos Estados Unidos, e o Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRC-SC). Além dos projetos da CGE, foram apresentados cases da Fundação Getúlio Vargas, da Universidade Federal da Bahia, da Secretaria de Controle Interno da Presidência da República, da Universidade Salvador, da Universidad Nacional de Rosario (Argentina), da Northeastern University e da Rutgers Business School, ambas americanas.

Fonte:

Cléia Schmitz

Assessoria de Imprensa

Controladoria-Geral do Estado de Santa Catarina