Mulheres ocupam 77,7% dos cargos diretivos na Controladoria-Geral do Estado

Elas também representam 58,3% de todos os cargos de chefia e em número são 57,7% do pessoal da estrutura

 

Através da emancipação feminina, as mulheres conquistam cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Assim, ampliam sua presença e representatividade nas empresas e instituições. Na Controladoria-Geral do Estado (CGE), dos nove cargos diretivos da alta administração, sete são exercidos por mulheres, ou seja, um percentual de 77,7%. 

 

Além disso, ocupam 21 dos 36 cargos de chefia, um percentual de 58,3% dessas funções. Outro dado importante é que em números elas são 78, em um universo de 135 colaboradores/as. Isso representa 57,7% do quadro de servidores/as, de acordo com levantamento registrado no Relatório Anual de Resultados da Gestão – exercício 2019, da CGE.  

 

A Corregedoria-Geral do Estado, um dos postos mais estratégicos da CGE, é ocupado por uma delas, Simone Pereira Brito, que também responde como substituta do titular da CGE, Senivan Almeida de Arruda, nas ausências deste. Ela observa que essa representatividade é fundamental numa sociedade que resguarda uma cultura machista, sexista e até misógina.

 

 

“É importante que a CGE tenha essa configuração em que há mais mulheres em cargos de chefia, pois demonstra que no ambiente de trabalho não deve haver discriminação em função de gênero. E que isso sirva também de referência para outros órgãos do poder público estadual”, ressalta.

 

A corregedora-geral também salienta que ainda há muitos desafios nesse sentido, pois é possível observar uma maior acessibilidade das mulheres nos postos de trabalho nos últimos anos, mas com desigualdade de salários. “A gente avança, no sentido de reconhecer a mulher com competências e habilidades para exercerem as funções de chefia, mas ainda existem empresas onde as mulheres são o maior quantitativo de pessoas, mas não ocupam postos chave”, completa.

 

Diversidade 

 

Para a diretora Administrativa, Financeira e Contábil da CGE, Flávia Castro Cabral Moraes, a mulher traz uma grande contribuição ao mercado de trabalho. “Nós podemos observar que a diferença não está no gênero e sim na experiência que cada pessoa carrega. E no ambiente de trabalho, assim como em qualquer meio, a diversidade amplia a capacidade de analisar uma situação a partir de vários ângulos, promove a criatividade e o respeito às diferenças”, destaca.

 

Atento à diversidade como um dos critérios na hora de selecionar sua equipe, o titular da CGE destaca a importância da participação das mulheres. “A presença expressiva das mulheres em postos de liderança na Controladoria é uma conquista que galgaram por meio de sua trajetória profissional vitoriosa. Os resultados positivos do órgão comprovam a competência delas, que nos fortalecem institucionalmente e trazem também o exemplo de que promover a igualdade de gênero é fazer justiça para as mulheres, que em nada deixam a dever aos homens”, conclui o secretário-chefe da CGE, Senivan Almeida de Arruda.

 

 

Dados 

 

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), empresas com mulheres em postos de liderança têm melhor desempenho nos negócios. Os dados são do relatório “Mulheres na gestão empresarial: argumentos para uma mudança” que se baseia em pesquisa de 2019 com 13 mil empresas em 70 países, entre os quais o Brasil.

 

Entre as companhias entrevistadas, mais de 75% afirmaram que as iniciativas em favor da diversidade de gênero contribuíram para melhorar o rendimento nos negócios. Além disso, quase três entre quatro empresas dizem ter obtido aumento de 5% a 20% nos lucros por promoverem mais inclusão de mulheres em cargos de direção. 

 

Mês da Mulher

 

O 8 de março foi oficializado em 1975 como Dia Internacional da Mulher pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data remete a vários eventos de lutas femininas por melhores condições de vida e de trabalho ao redor do mundo, durante as primeiras décadas do século 20. Também faz referência ao episódio das 129 operárias que morreram carbonizadas, vítimas de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 25 de março de 1911.

 

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