Distrito Federal: Controladoria-Geral promove debate sobre a implantação da Gestão de Riscos

Responsável por apoiar a implantação dos modelos de boas práticas e fomentar a gestão de riscos no Governo do Distrito Federal, conforme determina o Decreto nº 37.302 de 29 de abril de 2016, a Controladoria-Geral do Distrito Federal  (CGDF) promoveu debate sobre o tema na última segunda-feira (04), no auditório da Escola de Governo. Para os debatedores, a implantação da gestão de riscos é importante para o aprimoramento da administração pública distrital.

Representantes de diversos órgãos e empresas públicas do DF assistiram os debatedores Paulo Roberto de Oliveira, responsável pela implantação da gestão de riscos na superintendência de gestão financeira do Serpro; Paulo Lemos, auditor de controle interno e coordenador de Auditoria de Monitoramento e Gestão de Riscos da CGDF; Dra. Miriam Calmon, presidente do Hemocentro; e Luciane Rodrigues Soares, auditora de controle interno e responsável pela implantação da gestão de riscos no Hemocentro.

Paulo Roberto iniciou o debate afirmando que a gestão de riscos não é modismo, pois cada vez mais empresas de todo o mundo buscam o aprimoramento de sua governança corporativa adotando, entre outras práticas, uma boa estrutura de controles internos permanentemente avaliada. “Não é novidade. É aquilo que já se faz, mas com responsabilização”, afirmou.

O especialista apresentou uma visão geral sobre controles internos, riscos e governança corporativa, e como esses temas estão interligados. Paulo Roberto apontou os sistemas de valores que sustentam a governança, que são o senso de justiça no tratamento das partes relacionadas; a transparência das informações; a prestação responsável de contas; e a conformidade no cumprimento de normas regulamentadoras.

Ele falou também sobre a importância do mapeamento dos processos, principais desafios e a experiência do Serpro.

A gestão de riscos na CGDF

O servidor Paulo Lemos apresentou o projeto da CGDF para implantar a gestão de riscos no GDF e o seu histórico no âmbito da Controladoria-Geral, iniciado com sua aprovação em junho de 2015 até o momento atual, com a implementação em quatro órgãos públicos: Metrô, Fundação Hemocentro, Secretaria de Estado de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, além da própria CGDF.

Lemos explicou a visão do projeto que tem o objetivo de aperfeiçoar os mecanismos de gestão do Governo do Distrito Federal, reforçando os controles primários das auditadas, reduzindo as incertezas dos gestores na tomada de decisão, embasando a opção do gestor quanto a uma decisão gerencial e aumentando a credibilidade das Unidades Orgânicas do GDF.

Também, o projeto visa integrar a gestão de riscos como elemento-chave da responsabilidade gerencial, de modo a promover a integridade e prevenir a improbidade, os desvios e a corrupção; institucionalizar a supervisão baseada em riscos como método de execução das ações de auditoria; e promover a capacitação dos servidores e gestores.

O auditor de controle interno ainda abordou princípios, estrutura e processo relacionados à gestão de risco; e as fases que compõem o projeto.

Experiência no Hemocentro

Dra. Miriam Calmon, presidente do Hemocentro, e Luciane Rodrigues Soares, auditora de controle interno e responsável pela implantação da gestão de riscos naquela fundação fizeram apresentação conjunta sobre a experiência compartilhada. Em fevereiro de 2016 a CGDF iniciou o trabalho de conscientização dos gestores da FHB com exposição de conceitos e do programa de atividades ao colegiado gestor.

No mês de março começou a identificação de riscos, tendo sido selecionadas as áreas técnica e administrativa, com foco em gestão de pessoas, compras e contratações. “O Hemocentro estava bem estruturado tecnicamente, mas administrativamente estava desassistido. É a única empresa pública do GDF certificada na área finalística”, informou Dra. Miriam. “Encontramos processos de trabalho com menor detalhamento ou sem mapeamento, e equipes com conhecimentos mais pluralizados e menos especializados, com menor domínio do processo de trabalho que executam”, completou Luciane Soares.

A presidente do Hemocentro afirmou que a implantação de gestão de riscos causou impacto e que há diferença entre o antes e o depois. “Hoje temos mais segurança para tomada de decisão”, disse. Entre as expectativas, destacou a proteção e atualização dos valores organizacionais; a integração e envolvimento de todos os processos e servidores; maior desenvoltura na abordagem das incertezas; e maior transparência, dinamismo, interação e capacidade de reação a mudanças.

“Para trabalhar com riscos temos que ser verdadeiros, transparentes e dispostos a enfrentar os problemas da instituição”, encerrou Dra. Miriam.

Após as apresentações, os debatedores responderam perguntas do público presente. O terceiro Ciclo de Debates Melhores Práticas de Governança, realizado pela Assessoria de Projetos Especiais da CGDF, foi encerrado com as palavras do controlador-geral do DF, Henrique Ziller, que afirmou: “a gestão de riscos nos ajuda a fazer perguntas importantes para encontrar as respostas de bom senso. O que é muito importante, e raro, no serviço público”.

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