Comitiva Internacional estuda sobre clima para trazer as melhores práticas para o Controle Interno brasileiro

Segundo o relatório da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC), “as emissões de gases de efeito estufa precisam ser reduzidas em 43% até 2030, em comparação com os níveis de 2019”. Isso é importante para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius e evitar os piores impactos da mudança climática, inclusive secas, ondas de calor e chuvas mais frequentes e severas. Pensando nisso, o projeto do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) deste ano, com apoio do Banco Mundial envolve estudos na área de desenvolvimento sustentável relacionadas a ações. Nesta semana, a Comitiva Internacional de resiliência climática está na Espanha visitando instituições referências em ESG, comprometidas com a Agenda 2030 e com a pauta do clima.

O objetivo da visita técnica é identificar boas práticas, soluções, metodologias, casos práticos​, lições aprendidas (erros e acertos), e, se oportuno, estabelecer acordo de cooperação para fomentar o diálogo internacional e mitigação do impacto das mudanças climáticas. A comitiva é formada por Kleber Ihida, auditor interno da Controladoria-Geral do Estado de Rondônia, Marconi Lemos, secretário-executivo da Controladoria e Ouvidoria-Geral do Estado do Ceará, e, Maria Christina Machado, controladora-geral do município de Fortaleza.

Em Barcelona, a comitiva participou, durante três dias, da Conferência da Década dos Oceanos (Unesco). Além disso, o grupo fez reuniões institucionais com a Prefeitura de Barcelona, especificamente, com a Diretoria de Relações Internacionais e com a Ouvidoria. A comitiva também se reuniu com uma empresa voltada para a energia renovável.

Um dos pontos altos da visita foi o encontro com representantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que já dispõem de uma metodologia de indicadores voltados para impactos climáticos. Segundo a controladora, a OCDE se mostrou aberta para estabelecer uma cooperação técnica para implementar um projeto piloto no Brasil para demonstrar a aplicação da metodologia voltado para ESG e, mais especificamente, mudanças climáticas.

“Essa metodologia se soma ao trabalho das controladorias nacionais pautado no estabelecimento de indicadores a partir de um diagnóstico. Sendo assim, define-se quais mecanismos precisam ser acompanhados e monitorados para que o alcance das políticas públicas seja compreendido e seja atendido na perspectiva dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 e na ótica do desenvolvimento sustentável ESG, que hoje é uma agenda importante e com grande expansão, principalmente, no que diz respeito a economia azul”, ressaltou Maria Christina.

Hoje, 12, a comitiva participou uma reunião com a Sindicatura de Greuges de Barcelona. O grupo técnico vai desenvolver produtos importantes para a gestão pública brasileira a partir dessa Missão Internacional. São eles: Metodologia com instrumental e manual de Controle Interno à luz dos indicadores ambientais do ESG, com enfoque em mudanças climáticas, mapeamento consolidado de boas práticas e, posteriormente, irá ser apresentado em plenária no Conaci.

Confira o vídeo na íntegra sobre o Informe da OCDE sobre Matriz e Framework de Indicadores para a Economia Azul: