CGE-MT promove palestra sobre assédio no trabalho para lideranças da Sinfra
Orientativa, a ação integra o Programa de Integridade do Governo de MT

Com o objetivo de fortalecer ambientes de trabalho mais saudáveis, respeitosos e produtivos, a Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE-MT) realizou, na quarta-feira (02.07), uma palestra orientativa sobre assédio moral voltada às chefias da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra). A ação integra a segunda fase do Programa de Integridade do Governo de Mato Grosso (Integridade MT), coordenado pela CGE.
Na abertura da palestra, o secretário controlador-geral do Estado, Paulo Farias, destacou que um dos objetivos do programa é promover ambientes de trabalho mais harmônicos e respeitosos para que isso reflita na melhoria dos serviços públicos. “O que entregamos à sociedade é reflexo direto da forma como nos relacionamos e trabalhamos internamente. Ambientes saudáveis geram servidores mais motivados, produtivos e comprometidos com a qualidade do serviço público. E isso é essencial para fortalecer a confiança da sociedade nas instituições e nas entregas do Estado”, explicou.
O evento contou com a participação do secretário de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, que ressaltou a importância da iniciativa. “É fundamental sabermos como nos portar, porque hoje qualquer atitude pode ser mal interpretada. É preciso atenção redobrada para garantir um ambiente de respeito”, afirmou.
A palestra foi conduzida pelo professor Douglas Remonatto, servidor da CGE, especialista em ética, filosofia e relações humanas no ambiente organizacional. Em sua fala, ele destacou que o assédio moral, muitas vezes, está atrelado à comunicação e à forma como as pessoas interagem no cotidiano profissional. “Muitas situações de assédio são resultado de comportamentos naturalizados ao longo do tempo, mas que causam sofrimento e adoecimento. O ponto central é: nem tudo que parece ‘brincadeira’ é inofensivo”, alertou.
O palestrante também chamou a atenção para a necessidade de se compreender o assédio sob a perspectiva geracional. “Conflitos entre gerações com valores e vivências diferentes exigem sensibilidade. O que antes era considerado normal pode hoje ser compreendido como comportamento inadequado. O desafio é fazer com que diferentes perfis convivam com respeito.”
Remonatto enfatizou que “cobrar prazos e resultados não configura assédio”, mas sim atitudes que desrespeitam ou excluem o servidor. Ele lembrou ainda que o assédio pode ser sutil e até involuntário. Por isso, é fundamental o autoconhecimento e a escuta empática no ambiente de trabalho. “É preciso entender que convivemos com pessoas com histórias que desconhecemos. Na dúvida, o melhor é não brincar, não ironizar, não expor”, aconselhou.
Para o palestrante, muitas vezes, uma pessoa se torna assediadora sem perceber, por não reconhecer os limites alheios e por presumir que conhece o outro por uma única característica. Evitar esse tipo de comportamento exige uma mudança de postura. “Todos somos complexos, cheios de contradições, traumas, sonhos e vivências que não estão à vista. Não presuma saber quem alguém é. A verdadeira mudança começa quando você reconhece que não sabe tudo sobre o outro — mas decide respeitá-lo mesmo assim.”
Cartilha
Como parte do Programa Integridade MT, a CGE elaborou uma cartilha para prevenir o assédio no setor público. O material está disponível para consulta e download no site www.cge.mt.gov.br, em Integridade (Público/
Fonte:
CGE-MT