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O Controle Interno na Administração Pública Municipal
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Estudos da trajetória institucional do sistema de Controle Interno no setor público brasileiro, nos demonstra uma expressiva transformação na atividade de controle nos entes da federação e poderes constituídos, desde a criação das Juntas das Fazendas das Capitanias e a da Fazenda do Rio de Janeiro em 1680 até a Constituição Federal de 1988.
Entre os principais doutrinadores do direito administrativo e do direito municipal brasileiro, temos o jurista Hely Lopes Meirelles, que nos ensina que no tocante à administração pública, constitui o controle em faculdade de vigilância, orientação e correção que um poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro.
Nesse sentido, percebe-se que esta conceituação se relaciona com ideias e ações que devem ser exercidas em todos e por todos os poderes e entes da federação, face aos desafios e a busca de ações práticas e necessárias para uma gestão pública planejada que atenda os anseios da população, ou seja, que possibilite a entrega de um melhor serviço à sociedade, a exemplo da educação, saúde, segurança, transporte e assistência social.
O Controle Interno é o praticado por órgãos e entidades pertencentes a um determinado poder público, com a finalidade precípua de assegurar que os atos praticados por gestores ocorram dentro dos princípios básicos da administração pública, tais como os definidos no artigo 37 da Constituição Cidadã, promulgada em 5 de outubro de 1988, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Na tarefa de assegurar a conformidade dos atos da Administração Pública às normas e princípios legais e constitucionais, o controle interno se envolve na pesquisa, produção e desenvolvimento de ações/métodos que lhe permitam avançar nos trabalhos de auditoria, ouvidoria, transparência e correção administrativa.
Além do caráter sancionador e, em alguns casos, repressivo, o controle interno não atua somente em ações punitivas, mas em ações de apoio orientativo e preventivo, com o objetivo de promover a integridade e preservar o interesse público, orientando o administrador público previamente ao processo de tomada de decisão.
Portanto, torna-se necessário a estruturação dos órgãos de controle interno atuante nos municípios brasileiros, independente do seu porte e/ou capacidade financeira, de modo a possibilitar a existência de um corpo técnico preparado, autônomo e que conta com o apoio das autoridades competentes da administração pública.
No município de Goiânia, a Controladoria-Geral do Município é o órgão central de Controle Interno responsável pela gestão do sistema de controle, sistema anticorrupção e sistema de correição, no âmbito do Poder Executivo, atuando de forma integrada com os demais órgãos e entidades da Administração, na consecução dos objetivos e metas governamentais a ela relacionados, com base nos pressupostos e competências previstas em legislação, sem contar a existência de um quadro técnico qualificado e apoio da alta administração.
Colemar José de Moura Filho é Controlador-Geral do município de Goiânia.